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O coração pede leite

Quando a bebida e seus derivados têm presença garantida na dieta, fica mais fácil controlar a pressão arterial, perder aqueles quilos indesejados que também fazem mal ao peito e manter distância de um infarto.

Nos últimos anos, inúmeras pesquisas apontaram o leite como um vilão do organismo. Ele foi incriminado por causar alergias em pessoas sensíveis a suas proteínas e desconforto intestinal em quem tem a chamada intolerância à lactose, o açúcar da bebida. Em tempos dominados por produtos light, até a gordura do leite e de seus derivados se tornou um entrave à dieta. Mas, na contramão, os especialistas começam a fazer justiça e se render aos estudos que comprovam as benesses e a complexidade nutritiva dos alimentos lácteos — principalmente quando o assunto é proteger o coração.

De um trabalho recente da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, vem o argumento de que esses produtos ajudam a equilibrar a pressão arterial. Um dos responsáveis pelo benefício seria um peptídeo, um pedaço da proteína do leite, capaz de anular uma enzima que provoca o estreitamento dos vasos sanguíneos — o estopim para a hipertensão. Salvas do aperto, as artérias se dilatam e liberam a circulação. “Os peptídeos presentes na caseína — que representa 80% das proteínas do leite — e também nas outras proteínas do soro do produto têm um potente efeito de inibição dessa enzima”, afi rma o nutrólogo paulista Edson Credídio, autor do livro Leite, o Elixir da Vida (Editora Ottoni).

Já uma revisão conduzida por estudiosos da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo constata que o consumo rotineiro das versões mais magras dos produtos lácteos, como o leite desnatado e o queijo branco, está ligado a uma queda na incidência de hipertensão e diabete tipo 2. Tamanha vantagem seria proporcionada por um ingrediente fornecido em abundância pelo leite e seus derivados, sobretudo os tipos dotados de baixos teores de gordura: o cálcio. Pois é, sua importância vai além da tarefa de conservar o esqueleto. No artigo assinado pelos experts brasileiros, ficou registrado que o mineral contribui com a vasodilatação, melhora o aproveitamento da glicose e favorece o equilíbrio do peso corporal. São motivos sufi cientes para acreditar que o cálcio é um amigo do peito.

Para desfrutar dos benefícios do cálcio, recomenda-se incluir na rotina de três a quatro porções diárias de leite ou derivados que correspondam, no total, a um volume de mil a 1 300 miligramas do mineral. Para você ter uma ideia, 240 gramas de leite integral ou iogurte, quantidade equivalente a dois copos americanos, oferecem 300 miligramas de cálcio. Embora alimentos como couve e feijão também forneçam o nutriente, os lácteos são os que proporcionam sua melhor absorção. O leite desnatado e o queijo branco contêm volume de cálcio ligeiramente menor que os tipos integrais, mas, ao priorizá-los na dieta, estamos excluindo a gordura saturada, que não é bemvinda porque eleva o risco cardiovascular e colabora com os quilos extras.

“Um dos mecanismos que justificam a relação mais cálcio/menos peso é a capacidade que o mineral tem de atuar dentro da célula de gordura, provocando sua quebra e diminuindo seu acúmulo no organismo”, explica a nutricionista Mariana Del Bosco, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. O nutriente também seria capaz de formar um complexo com parte dos lipídeos provenientes do cardápio, expulsando-os por meio das fezes. E ainda reduziria o acúmulo de energia na forma de gordura porque contribui com a liberação de calor, aumentando o gasto calórico, e otimizaria o uso da insulina, hormônio que regula o apetite.
 

A PORÇÃO CERTA - Alimentação

A ciência refuta a tese de que o exagero à mesa está liberado no começo do dia. Só que deixa claro: o desjejum é essencial para ganhar disposição, debelar males como o diabete e até emagrecer



O ideal é oferecer matéria-prima ao sistema digestivo seis vezes por dia. Isso aumenta a taxa metabólica basal — quanto gastamos de energia em repouso. Nos lanches e na ceia, uma fruta, uma barra de cereal ou até uma sopa leve geralmente dão conta do recado. Veja a porcentagem ideal de calorias consumidas ao longo do dia por refeição:
Fontes: Abril

PARA ACABAR COM O JEJUM MATINAL

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Aos apressados: prepare boa parte do café na noite anterior. Deixe os pães e os talheres na mesa, por exemplo. Alimentos práticos, como o iogurte, também são boa alternativa

Pessoas que não comem de manhã costumam arrasar no jantar. Para elas, uma tática simples e eficiente é maneirar nas garfadas à noite para que a fome surja com o raiar do sol

Vá aos poucos. Uma fruta ou um copo de leite nos primeiros dias ajudam a vencer a preguiça do estômago. Sempre com moderação, varie o cardápio para não enjoar

Spa e seus segredos


Salada verde

Salada verde com tomate ao molho de manjericão mantém a cabeça no maior sossego. É o que garante a nutricionista Tereza Cristina Braga Ferreira, do Praia do Forte EcoResort e Thalasso Spa, no litoral baiano. Na receita que ela sugere entram folhas como a alface, conhecida por suas propriedades calmantes. Sem falar no tomate, cheio de vitaminas B6 e C — substâncias que ajudam a aplacar a irritação. Tome nota:
Ingredientes
1 pé de alface crespa
• Meio maço de espinafre
• 2 tomates cortados em quadradinhos
• 2 colheres de sopa de azeite
• 2 colheres de sopa de água
• 1 colher de sopa de vinagre branco ou suco de limão
• Folhas de manjericão trituradas
•  Sal a gosto


Modo de preparo Rende 4 porções
Lave bem as folhas de alface e espinafre. Arrume-as em um prato próprio para servir. Divida com as mãos as folhas de alface. Decore com o tomate. Misture o azeite, o vinagre, a água, o sal e o manjericão em um tigela à parte e regue a salada.






Fonte: Abril

Comer, comer, é bom ou mal?


Protagonistas nas mesas de celebração, e até aliados nos momentos de dor, os alimentos são prontamente requisitados assim que um sentimento eclode. Seja ele positivo ou negativo.




Por que certos alimentos, especialmente os mais doces e gordurosos, conferem a sensação de prazer em momentos de depressão e ansiedade?
“Durante experiências depressivas ou ansiosas, a necessidade de obtenção de prazer por meio de um sistema de recompensa costuma se exacerbar”, explica o psiquiatra Alexandre Azevedo, coordenador do Grupo de Estudos em Comer Compulsivo e Obesidade do Hospital das Clínicas de São Paulo. “E os alimentos cheios de açúcar e gordura, como o chocolate e os molhos, por serem mais saborosos, proporcionam essa sensação depressa”, complementa a endocrinologista Ellen Paiva, diretora do Centro Integrado de Terapia Nutricional, na capital paulista.

As limitações impostas por uma restrição alimentar são capazes de se tornar frustrantes a ponto de conduzir a um estado de depressão?
“Sim, já que comer e beber, além de conferir bem-estar, faz parte dos rituais de socialização”, opina Lara Natacci, autora do livro Anorexia, Bulimina e Compulsão Alimentar, da Editora Atheneu. “Ou seja, uma dieta muito rígida não só priva o indivíduo do prazer que os alimentos oferecem como também conduz ao isolamento, favorecendo o estado depressivo.”

A partir de que ponto recorrer à comida como válvula de escape se torna prejudicial?
“Nunca a perda de controle e o aumento excessivo de um padrão habitual podem ser considerados algo positivo”, dispara Azevedo. “Às vezes, nos alimentamos quando estamos sem fome, em ocasiões festivas ou de confraternização. Entretanto, comer por tristeza ou melancolia traz o sentimento de culpa, o que é ainda pior do que o próprio exagero”, completa Ellen.

Que problemas na relação com a comida podem culminar em um transtorno alimentar?
“Não raro tudo começa com uma simples dieta para eliminar alguns quilos”, avisa Lara. Segundo ela, é comum que a pessoa passe a reprimir a fome até chegar a um ponto em que deixa de manifestar esse impulso. “Também existem evidências de que a pressão social pela boa forma na adolescência, os traumas de infância, o perfeccionismo e a presença da doença na família colaboram com esses distúrbios”, conclui.

Quais os perigos de transferir o vício de um item potencialmente nocivo, como o álcool e o cigarro, para os alimentos?
Antes da resposta, Alexandre Azevedo faz uma correção: “Existem substâncias capazes de provocar dependência química, como o álcool, o tabaco e as drogas ilícitas, diferentemente da comida, que, portanto, não promove vício”, esclarece. Algumas pessoas, porém, tendem a apresentar um comportamento compulsivo. “Ao parar de fumar, é esperado que o indivíduo se sinta ansioso e busque nos alimentos o alívio para esse sentimento”, afirma Lara Natacci. “Existem casos também em que o hábito mecânico de acender um cigarro ou beber um copo de uísque é substituído pelo de comer compulsivamente”, conta.

Por que alguns alimentos se tornam proibitivos?
“Quando itens muito calóricos, ricos em gorduras saturadas ou açúcares são ingeridos de maneira abusiva, eles se tornam verdadeiros promotores de doenças”, afirma Ellen Paiva. No rol das enfermidades, estão inclusos o diabete, a obesidade e os problemas cardiovasculares. “Mas as grandes porções e a frequência de consumo é que são os vilões. Consumido em pequena quantidade, nenhum alimento precisa ser banido do cardápio, exceto se houver dificuldade em controlar sua ingestão”, responde a endocrinologista.

Por que algumas pessoas perdem a fome quando estão tristes ou nervosas?
“De fato, há indivíduos que reagem dessa maneira. Outros, diferentemente, apresentam o aumento do apetite. Ou, então, não observam mudanças diante de uma situação de tristeza ou de ansiedade”, revela Azevedo. De acordo com o psiquiatra, o elo entre essas emoções e a vontade de comer seriam os neurotransmissores, substâncias que conduzem informações elétricas entre os neurônios, como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina. “Eles regulam tanto o estado de humor como o equilíbrio entre a fome e a saciedade”, explica. Em outras palavras, quando esses condutores químicos são alterados devido a questões emocionais, pode ocorrer um desequilíbrio no apetite.

É verdade que as mulheres têm maior tendência a utilizar a comida como uma válvula de escape do que os homens?
“Nem sempre. Comer compulsivamente como uma forma de compensar o estresse pode ser uma característica tanto feminina como masculina”, avalia Lara Natacci. Mas, de acordo com a nutricionista, o fator hormonal é um agravante no caso delas. Isso porque, no período pré-menstrual, algumas enfrentam uma redução nos níveis de serotonina, que, conforme mencionamos anteriormente, é fundamental para o bem-estar. “Aí a tendência é que abusem do chocolate, por exemplo. Ele é rico em triptofano, substância precursora de serotonina”, justifica. Até porque, pelo simples fato de serem saborosas, as guloseimas promovem o prazer imediato, o que ajuda a atenuar o desconforto emocional típico dessa fase do ciclo.


Fonte: Abril

Conheça 5 hábitos que atrapalham a dieta e fazem mal à saúde e sua solução

Você se dedica à dieta, faz cinco refeições por dia, come alimentos saudáveis, pratica exercícios físicos, mas ainda assim não emagrece tanto quanto gostaria. O problema pode estar em manias alimentares difíceis de serem identificadas. As nutricionistas Luana Grabauskas, da Equilibrium Consultoria em Nutrição e Bem Estar, e Salete Brito, do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), apontam maus hábitos e sugerem mudanças que podem transformar sua relação com a comida e seu processo de emagrecimento.

1- Comer rápido
Velho hábito: "Quem come rápido não mastiga corretamente e aumenta o trabalho do estômago para digerir os alimentos, o que pode levar ao desenvolvimento de doenças como gastrite e úlcera", alerta Salete. Luana acrescenta que o costume também prejudica a obtenção da sensação de saciedade, já que ela demora um pouco para aparecer depois que se inicia a refeição. Se a pessoa come muito rápido, nem dá tempo para o cérebro entender que o corpo está sendo alimentado.

Novo hábito: O primeiro passo para mudar a postura em relação à velocidade com que se come é estar atenta à quantidade de comida e à forma como a refeição é realizada, explica a especialista do Equilibrium. As dicas para melhorar essa atitude são: levar pequenas porções de alimentos à boca, comer em lugares tranquilos, descansar os talheres entre uma garfada e outra, evitar se alimentar na frente da TV ou do computador, em pé ou realizando outra atividade, e saborear cada bocada. 
2- Comer muita carne
Velho hábito: Salete explica que ingerir carne em excesso sobrecarrega os rins, pois esse é o órgão que elimina as substâncias derivadas do alimento que não servem para o organismo. "Por ser fonte de proteína animal, a carne não deve ser consumida de forma exagerada devido à quantidade de gordura saturada e colesterol que contém", acrescenta Luana.

Novo hábito: A nutricionista ainda aconselha que, por possuir mais gordura saturada que a carne branca, a vermelha seja consumida apenas duas vezes por semana. Ela ainda recomenda aumentar a ingestão de vegetais. Para deixá-los mais saborosos, as sugestões são cozinhá-los em versões diferentes, como grelhada e assada, e temperá-los com molhos light ou à base de ervas. 


3- Comer sob estresse
Velho hábito: "A pessoa que ingere alimentos sob essas condições acaba comendo mais rápido e em mais quantidade", alerta Salete. Isso porque, segundo a nutricionista, é comum descontar os sentimentos de ansiedade e tensão nos alimentos.

Novo hábito: "O ideal é se conscientizar que, no horário de refeição, é preciso se esforçar para que os problemas fiquem em segundo plano", orienta Salete. Luana ressalta que ficar sem se alimentar nesses momentos também não é uma boa alternativa. "A saída é nunca pular as refeições, porque isso pode aumentar o apetite e facilitar o ataque a guloseimas e alimentos calóricos. É importante também controlar o consumo de substâncias estimulantes, como bebida alcoólica, café e chá preto, que aumentam a sensação de irritabilidade", recomenda. 

4- Comer com a atenção desviada
Velho hábito: se alimentar enquanto responde e-mail, vê TV ou trabalha faz com que a pessoa preste menos atenção no que está ingerindo e acabe consumindo uma maior quantidade de comida. Salete acrescenta que "a pessoa também pode sofrer a sobrecarga emocional dos assuntos que estão passando na televisão".

Novo hábito: "O horário de alimentação deve ser respeitado apenas para tal", afirma a nutricionista da Unifesp. Luana indica realizar as refeições em horários pré-determinados sempre na cozinha ou em um local calmo.

5- Comer sempre a mesma coisa
Velho hábito: pratos que não são coloridos podem ter falta de nutrientes, afirma a nutricionista do Equilibrium. Em função disso, por mais que adore alguns alimentos específicos e pense que poderia viver apenas à base deles, é importante diversificar sempre o cardápio.

Novo hábito: "Uma solução para mudar esse habito é alternar os tipos de preparações, realizar novas receitas, incluir temperos variados e inovar sempre o menu incluindo diferentes tipos de alimentos", sugere Luana.

Fonte: Minha vida

Excesso de refrigerante pode causar obesidade e problemas hepáticos

Com certeza nesta época do ano, devido à temperatura elevada durante o dia, as pessoas começam a consumir mais líquidos. Esse hábito, que deveria ser saudável e só trazer benefícios ao corpo, passa a fazer mal quando entre as bebidas que tomamos está o refrigerante. Geladinhos refrescam na hora certa e podem ser uma delícia. Mas alguns de seus componentes fazem mal ao nosso corpo.

Mesmo que agora não seja a época mais fácil para abandonar esse hábito, vale à pena fazer um esforço para diminuir o consumo desta bebida em nossa família. Digo família porque toda ela está sujeita aos malefícios que o refrigerante pode causar, principalmente as crianças, que tem o paladar mais sensível ao gosto doce dos refrigerantes e por isso acabam ingerindo uma quantidade muito maior do que a indicada como segura.  
Estudos mostram que os adoçantes artificiais usados em refrigerantes também trazem malefícios à saúde.
Mas porque é tão importante ficar de olho no refrigerante? Acontece que doenças hepáticas causadas por bebidas não alcoólicas têm aumentado bastante em todo o mundo. Culpa do crescente consumo de xarope de milho, rico em frutose, encontrado na maioria dos refrigerantes. Esse tipo de xarope já é a principal fonte de calorias dos americanos, e está cada vez mais sendo consumido entre os brasileiros.

Não há dúvidas que o refrigerante, e todos os açúcares contidos nessa bebida ainda contribuem para o crescente número de obesos de todas as idades em todo o mundo. Não pense que os diets sejam a solução. Estudos mostram que os adoçantes artificiais usados em refrigerantes também trazem malefícios à saúde.  
Um exemplo desse problema foi apontado por uma pesquisa publicada na revista especializada em cardiologia Circulation, que pertence a Associação Norte-Americana do Coração. Durante esse estudo foi observado que o hábito de beber mais de um copo refrigerante por dia, mesmo que em versão diet, pode estar associado a um aumento dos fatores de risco para doenças cardíacas.

Os problemas que o refrigerante pode causar não param por ai. O ph de muitos refrigerantes é bastante baixo, o que danifica o esmalte de nossos dentes. Esse fator, combinado com os açúcares do refrigerante, podem causar cáries e outros problemas dentários. 

Mais uma vez a palavra-chave é prevenção. Você só tem a ganhar se diminuir o consumo de refrigerantes. Não precisa chegar ao extremo de cortar a bebida totalmente da dieta, mas pense no preço a pagar pelo prazer de comer e beber sem restrições.

Fonte: Súper Saúde

Carboidrato ajuda no raciocínio


Evitados por pessoas com medo de engordar, os carboidratos são parte importante da alimentação, os principais responsáveis por fornecer energia para o cérebro e podem contribuir para uma melhor velocidade de raciocínio.

É o que mostra uma pesquisa publicada em setembro pelo "American Journal of Clinical Nutrition", em que pessoas que fizeram uma dieta considerada "mais" balanceada, com 46% de carboidratos e 30% de gorduras, tiveram melhor desempenho em testes de raciocínio rápido que aquelas que praticamente excluíram os carboidratos da alimentação, substituindo-os por proteínas e gorduras. 



Os 93 participantes, todos com sobrepeso ou obesos, foram submetidos ao teste de rapidez de raciocínio ao início da pesquisa. Os "mais lentos" entraram em uma dieta que continha arroz, batata, massa e pão, entre outros ingredientes.

Dois meses depois, eles repetiram o teste e foram mais rápidos que o grupo da dieta com pouco carboidrato, baixando seu tempo cerca do dobro do valor reduzido pelos outros. A pesquisa foi feita na Austrália com participação de cientistas da Universidade de Adelaide.

Para o nutricionista da USP (Universidade de São Paulo) Daniel Bandoni o resultado ressalta a importância dos carboidratos nas refeições. "A glicose é um dos principais fornecedores de energia para o funcionamento do cérebro, é o seu combustível, e sua falta pode prejudicar o raciocínio e a concentração", diz.

Tamanha importância têm os carboidratos que a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que eles correspondam de 55% a 75% da energia da alimentação, e mesmo o grupo que comeu carboidratos regulamente na pesquisa ficou um pouco abaixo dessa faixa.

Isso significa pelo menos um alimento rico em carboidrato por refeição, segundo Eliana Bistriche Giuntini, pós-doutoranda que estuda o aumento das taxas de glicose no sangue por alimentos fontes de carboidratos, na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP.

Ela diz que, no almoço e jantar, é saudável comer arroz ou pelo menos uma massa, ou ainda batatas ou mandioca. Já nos lanches, o recomendado é o consumo de pão ou até biscoito e bolo, evitando os cremes e recheios porque são ricos em gordura e açúcar refinado.

"As pessoas acham que todo carboidrato engorda. Na verdade, o que faz mal não é comer uma massa, mas sim a quantidade excessiva. Deve-se evitar, por exemplo, tomar vários copos de café com açúcar por dia ou consumir muito refrigerante. Já as pizzas têm carboidrato, mas também têm gordura", diz.

A pesquisadora afirma ainda que, na ausência de carboidratos, o organismo obtém glicose a partir de proteína ou da gordura, mas que "são mecanismos mais desgastantes".

Mediterrâneo

A dieta do mediterrâneo, com predomínio de carboidratos e fibras, já demonstrou em outras pesquisas que influi positivamente no funcionamento cognitivo, de acordo com Paulo Caramelli, coordenador do Departamento de Neurologia Cognitiva da Academia Brasileira de Neurologia.

Entretanto, ele credita a diferença da rapidez de raciocínio detectada, principalmente, ao excesso de gordura consumido pelo grupo da dieta "sem" carboidrato. "Pesquisas mostraram que o excesso de gordura pode elevar os níveis de cortisol no sangue, o que pode afetar a memória. Além disso, a gordura pode causar uma intolerância a glicose, que tem importante papel na cognição." 


Fonte: Folha de S. Paulo

Dieta gordurosa leva a maior consumo de alimentos, diz estudo


Uma pesquisa feita com camundongos nos Estados Unidos indica que uma dieta rica em gorduras e açúcar ativa uma proteína que faz com os animais consumam mais alimentos do que o normal, podendo ficar obesos.

A descoberta foi feita quando os cientistas da Universidade de Wisconsin-Madison investigavam a "inflamação metabólica", um problema crônico e sem muita gravidade, mas que é observado com frequência em doenças relacionadas à obesidade.

Nos camundongos, uma proteína ligada a inflamações mostrou ter sido ativada quando os animais recebiam uma dieta com muito açúcar e gordura, e as cobaias começaram a comer mais.

Camundongos geneticamente alterados para bloquear o processo, mesmo com uma dieta com muita gordura, conseguiram manter um peso saudável.

Remédio

Para Dongsheng Cai, cientista que liderou a pesquisa, a descoberta deste processo pode ser usada para a criação de medicamentos contra a obesidade.

"O objetivo final é, certamente, identificar um supressor eficaz deste processo", afirmou.

Para o professor Fran Ebling, da Universidade de Nottingham, na Grã-Bretanha, a proposta é boa, mas pode interferir com a saúde do paciente.

"É interessante, mas se temos um medicamento que tem este processo como alvo, ele também poderá interferir com alguma outra parte do sistema imunológico", afirmou.

A pesquisa americana foi divulgada na publicação científica Cell.
Fonte: BBC Brasil

Adicionar mais cálcio à dieta pode ajudar a viver mais


Segundo estudo do conceituado centro de pesquisas sueco Instituto Karolinska, adicionar mais cálcio à dieta pode ajudar a viver mais. Acompanhando, por 10 anos, mais de 23 mil homens suecos com idades entre 45 e 79 anos, os pesquisadores descobriram que aqueles que consumiam maior quantidade de cálcio na alimentação eram 25% menos propensos a morrer durante o estudo, comparados àqueles com a menor ingestão do nutriente.

Na pesquisa, os participantes relataram sua dieta, sendo que nenhum deles consumia suplementos de cálcio. As análises mostraram que os maiores consumidores de cálcio na alimentação tinham 25% menos chances de estarem entre os 2.358 participantes que morreram durante o acompanhamento e 23% menor risco de morrer de doença cardíaca do que aqueles que não ingeriam uma maior quantidade de cálcio.

De acordo com os autores, o grupo que ingeria maiores níveis do mineral (um terço dos participantes) consumia cerca de 2.000mg diárias - principalmente no leite, laticínios e cereais -, contra cerca de 1.000mg do um terço que ingeria menos cálcio, sendo que o recomendado pelas autoridades americanas de saúde é de 1.000 para homens de 19 a 50 anos e de 1.200 para aqueles com mais de 50. "A ingestão de cálcio acima do recomendado diariamente pode reduzir a mortalidade por todas as causas", concluíram os pesquisadores.

Eles destacam que o nutriente pode reduzir a mortalidade de várias formas, como, por exemplo, reduzindo a pressão sanguínea, o colesterol e os níveis de glicose no sangue. No entanto, mais estudos são necessários para a confirmação desse efeito do cálcio, principalmente os que considerem sua ingestão em combinação com o magnésio e que investiguem outra fonte importante do nutriente, que é o consumo de água.

Fonte: http://boasaude.uol.com.br

Consumidores moderados de álcool têm saúde melhor, diz estudo

Segundo pesquisadores, álcool não é benéfico à saúde, mas o consumo moderado é um sinal de boa condição. 

Quem bebe álcool moderadamente em geral tem saúde melhor do que os abstêmios, disseram cientistas franceses na quarta-feira. Segundo eles, o benefício não tem relação direta com o álcool, e sim com fatores indiretos, como o relaxamento, a realização de mais atividade física e o melhor status social.

"O consumo moderado de álcool é um poderoso marcador de um maior nível social, um status superior de saúde geral e menor risco cardiovascular", disse Boris Hansel, do hospital parisiense Pitié-Salpêtrière, que dirigiu o estudo. Ele salientou, no entanto, que o estudo não aponta uma ligação de causa-efeito e não deve ser usado para promover o consumo do álcool.

O abuso do álcool está associado a várias doenças, inclusive problemas hepáticos e cardíacos e alguns tipos de câncer. A Organização Mundial da Saúde diz que o alcoolismo mata 2,3 milhões de pessoas por ano.

Hansel e seus colegas estudaram quase 150 mil franceses, dividindo-os em quatro grupos - quem nunca bebeu, quem bebia pouco (menos de 10 gramas de álcool por dia, cerca de uma dose), bebedores moderados (10-30 gramas por dia) e bebedores pesados (mais de 30 gramas por dia). As conclusões foram publicadas na revista European Journal of Clinical Nutrition, pelo grupo Nature.

Segundo os pesquisadores, bebedores leves e moderados, homens e mulheres, tinham uma saúde geral melhor do que quem nunca bebia ou quem bebia demais. Homens que bebiam moderadamente tinham em geral menor risco cardiovascular, menor ritmo cardíaco, menos estresse, menos depressão e menor índice de massa corporal. Também apresentavam resultados melhores em mensurações subjetivas da saúde, como a quantidade de exercícios que faziam. Os cientistas encontraram tendências semelhantes entre bebedoras moderadas, que tinham menor pressão arterial e cinturas mais finas. Em ambos os sexos, os bebedores moderados tinham maiores níveis de HDL (colesterol bom) no sangue. Hansel disse que isso não significa que o álcool tenha uma influência positiva sobre o colesterol ou proteja o coração.

Segundo ele, a principal conclusão é de que o consumo moderado de álcool é um bom indicador de um "status social ótimo", e que essa pode ser a principal explicação para a melhor saúde desse grupo. "Essas conclusões sugerem que não é apropriado promover o consumo de álcool como base para a proteção cardiovascular", disse ele, acrescentando que o "prazer" é a melhor justificativa para beber moderadamente.

Fonte: www.estadao.com.br

Grão-de-bico combate a depressão, dizem pesquisadores


Já se sabe que o grão-de-bico está lotado de triptofano, um aminoácido fundamental para a produção da serotonina, substância que traz sensações agradáveis. Apesar das vantagens, o grão-de-bico não ocupa lugar de destaque no ranking das leguminosas mais populares. Questão de gosto ou de preço? É difícil dizer, mas a verdade é que essa espécie custa pelo menos cinco vezes mais do que o feijão, que também já não é tão assíduo na mesa do brasileiro. A relação custo benefício, porém, vale o investimento. Quem vive meio tristonho, sem motivo aparente, na certa mudaria de humor se botasse esse alimento no prato com frequência.

É provável que nossos ancestrais soubessem desse efeito, ou então teriam desistido do cultivo da planta, extremamente sensível às condições de clima e solo e também ao ataque de pragas. Hoje quem empresta sua chancela à leguminosa é a prestigiada revista científica internacional Journal of Archaeological Science, que divulgou recentemente o trabalho de pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém e da Universidade de Haifa, ambas em Israel, exaltando suas propriedades.

Por aqui nossos cientistas também dão seu aval ao grão-de-bico, boa fonte de ferro, carboidratos e proteínas. "Boas doses desse composto resultam ainda em diversos efeitos fisiológicos, como maiores taxas de ovulação e melhora no padrão de desenvolvimento das crianças", diz Leonardo Boiteux, pesquisador do centro nacional de pesquisa de hortaliças da Embrapa, empresa brasileira dedicada ao estudo e ao desenvolvimento agropecuário. A nutricionista Andréa Penatti Ferreira, que recentemente estudou as alterações químicas do grão-de-bico durante o cozimento para a sua dissertação de mestrado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, em Piracicaba, acrescenta que a disponibilidade de ferro é outro diferencial da leguminosa. Na tabela os valores desse mineral no grão-de-bico aparecem ligeiramente inferiores aos de seus parentes. O mesmo acontece com os teores de proteína. Contraditório? Não, responde Maria Esther Fonseca, também pesquisadora da Embrapa. "O ferro disponível nessa leguminosa é mais bem aproveitado pelo organismo. Quanto às proteínas, a qualidade delas é muito superior a das demais leguminosas, sem contar que são totalmente digeridas, o que não acontece com suas congêneres", explica a especialista.

As vantagens do grão-de-bico não param por aí. Ele acumula fitoestrógenos e por isso já começa a ser usado em terapias de reposição hormonal na menopausa. "Essas substâncias, também chamadas de hormônios vegetais, têm se mostrado capazes de prevenir a osteoporose e problemas cardiovasculares, embora não tão capazes quanto aquelas extraídas da soja", diz Maria Esther. Se depender dos cientistas da Embrapa, o grão-de-bico ficará ainda mais nutritivo. Eles buscam o aperfeiçoamento genético para obter novas variedades adaptáveis a várias regiões. "Pretendemos também aumentar os teores de triptofano", anuncia o pesquisador Warley Nascimento, "Talvez o astral do brasileiro melhore." E, para derrubar de vez a resistência de quem torce o nariz para a leguminosa, nada como uma especialidade da cozinha espanhola, o puchero, mas em versão light para tornar o prato ainda mais saudável.
Fonte: www.nutricaohoje.com.br

Ansiedade e depressão fazem pessoas ficarem viciadas em chocolate


Universidade de São Paulo convoca chocólatras para estudo científico

O Instituto de Psiquiatria da USP (Universidade de São Paulo) convoca maiores de 18 anos que se consideram viciados em chocolate a participar de um estudo que pretende levantar as causas da compulsão. Serão dez encontros quinzenais no próprio instituto, localizado na região central de São Paulo, às segundas-feiras, das 10h às 11h30min. Durante os encontros, os pesquisadores vão incentivar diálogos sobre o tema e oferecer chocolates aos participantes.

Apesar de o termo "chocólatra" ser usado popularmente por quem apenas gosta de chocolate, comer demais a guloseima pode ser sinal de compulsão ou mesmo um distúrbio alimentar que requer tratamento clínico e psiquiátrico. O produto se torna uma válvula de escape para pessoas com ansiedade ou depressão, pois ele altera os níveis de serotonina do cérebro, responsáveis pelas sensações de prazer.

Segundo o psiquiatra Arthur Kaufman, líder da pesquisa do Programa de Atendimento ao Obeso do Ipq, a pessoa pode ser considerada viciada em chocolate quando come o doce todos os dias, em bastante quantidade e em um curto período de tempo. A vontade incontrolável de ingerir a guloseima é característica comum à compulsão alimentar. "Um chocólatra é aquela pessoa que come de 300g a 500g de chocolate por dia, mas tem gente que chega a comer 1 kg."

Doce vira "muleta" para aliviar o estresse

Outro fator comum ao chocólatra é usar o doce para aliviar momentos de tensão, explica Kaufman. "O chocolate libera um neurotransmissor chamado endorfina, o mesmo que é liberado quando se faz muitas horas de academia, que dá sensação de prazer. A endorfina ativa a liberação da serotonina responsável pelo humor e, quem come chocolate, tem melhora imediata no temperamento." A economista Carolina de Oliveira, 25 anos, é chocólatra assumida. Funcionária de uma grande empresa de telecomunicações, sua carga de trabalho diário costuma ser intensa. "Quando eu não estou estressada como uns quatro ou cinco chocolates, mas se eu estiver, é mais de dez, chego a perder a conta." A predileção de Carolina pelo doce chega a afetar outras refeições. Ela diz que gosta de trocar o almoço por uma barra de chocolate, tanto que em um antigo trabalho chegou a ter uma gaveta em sua mesa de trabalho repleta deles. Questionada sobre se considerava a sua atitude como a de uma viciada em chocolate, a economista não titubeou: "Sou muito chocólatra. Eu entrei de dieta e consegui ficar sem chocolate por no máximo sete dias e meio. Não ligo de não comer comida, mas não dá para ficar sem chocolate."

A troca de alimentos por chocolate é outro fator comum entre os chocólatras, de acordo com a endocrinologista Leila Maria Batista de Araújo, vice-presidente da Abeso - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Segundo ela, o vício em chocolate já sinaliza que a pessoa tem uma alimentação desregrada:"Não deixa de ser um distúrbio alimentar. As pessoas se privam de uma alimentação adequada e, para não se frustrar, comem chocolate." Neste grupo, a médica inclui até as celebridades, que mesmo apresentando belos corpos, dizem abusar da guloseima. "O indivíduo que faz dietas exageradas se priva de coisas importantes, o que desregula a operação do metabolismo, alterando os níveis de serotonina. Isso faz com que ele coma muito doce, porque sabe que vai ficar mais calmo."

Tratamento é feito com moderador de apetite ou antidepressivos

Se for comprovada a compulsão pelo chocolate, o tratamento deve ser realizado como o de qualquer outro distúrbio alimentar, com medicação que limite a vontade de comer descontroladamente. Segundo a endocrinologista da Abeso, são indicados remédios à base de sibutramina (moderador de apetite) ou antidepressivos como a fluoxetina. "Se a pessoa é obesa, damos a sibutramina para ela perder peso. Se sofre de transtorno de ansiedade ou é depressiva, damos a fluoxetina, que vai tentar normalizar os níveis de serotonina."

Junto aos medicamentos, o ideal é receber também orientação psicológica ou psiquiátrica. Para a psicóloga Cecília Zylberstajn, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, a psicoterapia é importante porque age na parte emocional, ajudando a pessoa a reconhecer seus sentimentos que levam à compulsão. "A terapia vai ajudá-la a identificar os problemas existentes que podem influenciar na mudança do comportamento."

Fonte: www.nutricao.com.br

Emagrecimento sem mistério

A fórmula mágica para o emagrecimento existe. Basta segui-la à risca e o resultado aparece. O melhor de tudo é que não são necessários sacrifícios gigantescos, extravagâncias gastronômicas ou comportamentais. A grande fórmula para se perder peso, os especialistas afirmam, é alimentação equilibrada combinada com a prática regular de exercícios físicos. Se você não viu nenhuma novidade, é isso mesmo. O caminho está longe de ser um mistério – o difícil mesmo é segui-lo. 

"Não há mágica: é necessário se gastar mais energia do que se ingere", observa José Kawazoe Lazzoli, especialista em Cardiologia e Medicina do Esporte e Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME). "Pensemos numa balança de feira, onde colocamos num prato o que ingerimos de energia, por meio dos alimentos, e, no outro, a energia que gastamos para manter o nosso corpo funcionando e também o que é gasto com atividades físicas. Dependendo de qual prato for mais pesado, perdemos ou ganhamos peso." 

Um dos erros comuns entre os que não conseguem perder e manter o peso, mesmo após incontáveis dietas, é a busca por soluções fáceis e rápidas, obtidas por meio de alimentação limitada – comer só sopa, ou apenas alface ou nada mais do que shakes diets. O problema dessas dietas muito restritivas – que cortam os alimentos cotidianos, as guloseimas prediletas ou grupos alimentares inteiros, como carboidratos – é que, depois do período de regime, a pessoa vai retomando os velhos hábitos incorretos e, assim, ganha de volta os quilos perdidos. É o conhecido efeito sanfona. 

Jejuns. Outro problema são os longos períodos sem alimentação ou quando se "pula"refeições. "Nesse caso, o prejuízo ocorre porque o corpo entende o processo como uma privação de alimentos e, para se poupar, passa a gastar menos energia, diminuindo o metabolismo", afirma a nutricionista Renata Alves. Com isso, além de evitar o emagrecimento, a pessoa pode voltar a recuperar, e até aumentar, o peso. "Porque, no retorno da comida, o organismo retardou o metabolismo com medo de nova escassez, então fica mais fácil de a pessoa voltar a engordar", explica. 

Por outro lado, reduções muito rápidas de peso não são saudáveis, pois perde-se massa magra também (muscular e, inclusive, óssea), ao invés de apenas gordura. É importante evitar, ainda, as metas irreais. "As pessoas sempre querem perder mais peso do que necessitam", afirma a endocrinologista Rosana Bento Radominski, professora-doutora da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Por isso, é recomendável que um nutricionista ou endocrinologista oriente sobre a quantidade de peso a ser perdida e acompanhe todo o processo de emagrecimento. 

A reeducação alimentar é o primeiro passo para quem quer emagrecer com saúde. Comer mais frutas, legumes e verduras; fazer refeições em pequenas porções a cada três horas; tomar bastante água (no mínimo, dois litros por dia); evitar frituras, comidas industrializadas; incorporar cereais integrais – que, por terem mais fibras, aumentam a saciedade. O problema é que muitas pessoas não gostam de comer determinados alimentos, então o desafio parece insuperável. 

"A orientação deve ser dentro da realidade do paciente. Se ele é chocólatra, não vou proibi-lo de comer chocolate, mas ensiná-lo a não comer muito de uma vez e a deixar por mais tempo o pedaço na boca", exemplifica a nutricionista Renata Alves. Em sua rotina profissional, ela tem percebido a dificuldade dos pacientes em evitar alimentação industrializada e em combater o sedentarismo. "O mundo está ficando mais obeso, ao mesmo tempo em que se faz mais dieta. A conta não está fechando." 

Da mesma forma que a alimentação, a prática regular de exercícios físicos deve se adaptar à rotina pessoal e, principalmente, ser prazerosa. Para quem não gosta de academia e de praticar esportes, uma caminhada de 30 minutos por dia é suficiente. Basta tentar fazer os pequenos trajetos diários a pé (padaria, mercado) e, se a ida para o trabalho é feita de ônibus ou metrô, descer um ponto antes do destino e ir caminhando é uma saída.


Fonte: www.estadao.com.br

Musculação faz bem à saúde e ajuda na perda de peso


Pesquisa mostra que o exercício queima 40% a mais de gordura 

Não é de hoje que grande parte da população está em busca do corpo perfeito, mas as academias estão cada vez mais lotadas. A musculação continua sendo a atividade preferida e, o melhor, é um exercício que tem ganhado respaldo científico.

Diversas pesquisas foram realizadas com a musculação e os resultados mostram que essa atividade tem um impacto benéfico muito maior do que se imaginava e, que em certos casos, pode trazer resultados melhores do que o exercício aeróbico.

Segundo a Universidade de Penn State, a musculação proporciona maior queima de gordura. O estudo analisou pessoas acima do peso e que começaram a praticar tal atividade três vezes por semana. O resultado obtido foi uma queima de gordura 40% maior na musculação se comparada com a mesma quantidade e frequência de uma atividade aeróbica.

"A prática de atividade física tem sempre o objetivo de saúde, do bem-estar. A musculação, de acordo com a pesquisa, além de ajudar a emagrecer, tem mais gastos calóricos e outros benefícios, mas deve sempre ser realizada com acompanhamento de um profissional da área", explica a educadora física e tutora do Portal Educação, Bruna Morais.

Vale destacar que levantar peso chega a diminuir 40% o risco de derrame e 15% de infartos, sem contar que o exercício ajuda a regular a pressão, reduz o risco de alguns tipos de câncer e é capaz de controlar a glicose no sangue.

Os alimentos que combatem rugas

A indústria alimentícia começa a lançar produtos que levam na receita nutrientes capazes de combater rugas e companhia. fique por dentro dessa nova tendência da nutrição

por Thais Szegö

O copo de leite que a gente toma de manhãzinha, acompanhado de fatias de pão integral com um queijo magro ou de goles de um suco de fruta, não garante apenas um início de jornada bem nutrido. Eles podem deixar sua pele macia, suas unhas e cabelos mais firmes e, acredite, ainda ajudam a combater rugas. Parece bom demais para se verdade? Pois saiba que isso já existe: bem-vindo à era dos alimentos enriquecidos com finalidades puramente estéticas. Essa tendência começou na Europa e nos Estados Unidos e já desembarcou no Brasil

“Atualmente existem no mercado vários produtos com colágeno, a proteína que dá sustentação às células”, exemplifica Jocelem Mastrodi Salgado, presidente da Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais. “Sua deficiência provoca, entre outras coisas, a diminuição da elasticidade da pele e o aparecimento dos vincos”, explica Jocelem. “Por sorte, estudos mostram que o consumo diário dessa substância não tem contraindicação e estimula a sua produção no nosso organismo.”

Os antioxidantes também estão sendo adicionados às receitas de muitos alimentos industrializados. “Eles auxiliam no combate aos radicais livres, que provocam o envelhecimento celular”, justifica a dermatologista Ana Cristina Fasanella, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

“A nutrição está diretamente relacionada com a estética”, afirma a dermatologista Marcella Delcourt, da Santa Casa de São Paulo. “Os trabalhos mais recententes reforçam esse elo”, acrescenta o dermatologista Adilson Costa, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, no interior de São Paulo. “E, quanto mais variada a dieta, melhor. Sua pele agradece”, afirma ainda a nutróloga carioca Tamara Mazaracki, que é especialista em medicina antienvelhecimento. Mas, é claro, na hora de variar, alterne principalmente aqueles alimentos que, nesse sentido, são uma beleza. Veja, a seguir, quais são.

Salmão
Esse peixe rosado é o melhor amigo da nossa pele — palavra do dermatologista Nicholas Perricone, o médico das estrelas do showbiz americano. Explica-se: esse pescado é rico em uma substância de nome extenso, o dimetilaminoetano, que é mais conhecido como DMAE. Ela, que ficou famosa na formulação de cremes, também promete promover à mesa o efeito Cinderela, aquele que deixa a cútis mais esticada. Para esse passe de mágica ser notado diante do espelho, a receita do doutor Perricone é comer muitos, mas muitos filés de salmão dois ou três dias antes de um evento especial — aquele em que você precisa parecer o máximo.

Exageros à parte, de fato os peixes de água gelada — como a sardinha, a truta, a anchova, o arenque e, claro, o próprio salmão — devem sempre estar no cardápio. “Eles são ricos em ácidos graxos ômega-3, 6 e 9. Essas gorduras auxiliam na manutenção da barreira epidérmica, que protege o tecido, melhorando sua textura e hidratação”, explica Adilson Costa. “E têm ação antiinflamatória”, acrescenta Ana Cristina Fasanella. A linhaça, o gergelim, o azeite, as oleaginosas e os ovos também contam com pequenas porções desses ômegas. “Os ovos, assim como o leite e seus derivados, oferecem ainda vitamina D, que previne o envelhecimento precoce ao deixar a pele mais resistente”, complementa Tamara Mazaracki.

Azeite só aceite o extravirgem


Azeite é garantia de longevidade, como bem sabem os povos do Mediterrâneo, que chegam fácil, fácil - e com saúde pra dar e vender - aos 80, 90, 100 anos. As últimas notícias, porém, dão conta de que poderoso mesmo é o tipo extravirgem


por Regina Pereira 

O mais novo efeito terapêutico desse óleo de aroma e sabor inconfundíveis acaba de ser revelado: ele pode prevenir a osteoporose. É isso o que garante um estudo feito com 334 voluntários na Universidade de Jáen, na Espanha. O porquê ainda não se sabe. Certo mesmo e essa é outra grande novidade é que todos os benefícios atribuídos ao azeite extraído das oliveiras estão intimamente associados ao tipo extravirgem, que é o mais nobre de todos, obtido da primeira prensagem das azeitonas.
Não quer dizer que tantos benefícios atribuídos anteriormente ao azeite comum deixem de merecer crédito. Ele ainda é um dos campeões em gorduras monoinsaturadas, aquelas que protegem o coração. Essa característica por si só já permite que o tipo comum continue em posição de destaque entre os alimentos funcionais.
Então, o que é que o extravirgem tem que os outros tipos não têm? Comparado com os demais, ele concentra uma quantidade muito maior de substâncias antioxidantes", responde sem pestanejar o químico Jorge Mancini, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP). Segundo ele, isso o torna imbatível, entre os azeites, quando a idéia é prevenir o câncer, por exemplo.
O professor se refere aos polifenóis, verdadeiros guardiões das células, capazes de defendê-las das moléculas que estão por trás do envelhecimento, da degeneração do cérebro, da formação dos tumores e da aterosclerose, as temidas placas nas artérias. Aliás, por falar em coração, um trabalho recente realizado pela bioquímica Luciane Faine, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu, interior paulista, comprova justamente a ação do extravirgem na diminuição dos níveis do colestrol ruim, o LDL. A pesquisadora comparou, em cobaias, os efeitos do extravirgem com porções isoladas de gordura monoinsaturada e de polifenóis que aparecem nesse óleo. "Apenas os animais que consumiram o azeite extravirgem, e não as substâncias separadas, tiveram uma ótima redução da gordura", conta. Ou seja, é a soma de vários agentes que protege nosso corpo. E a variedade de compostos benéficos é muito maior no tipo... Você já sabe. "Quando passa pelo processo de refino, o azeite perde boa parte de polifenóis", lamenta informar o professor Mancini. Sim, sobra a gordura monoinsaturada só que a amiga do peito não consegue fazer sozinha todo o trabalho.
A ordem, então, é regar o prato com azeite extravirgem. Mas, se o fantasma dos quilos extras anda assombrando você, pegue leve. "Cada grama de gordura contém 9 calorias", lembra a nutricionista Isabela Cardoso, do Hospital do Coração, em São Paulo. "A sugestão de consumo é de duas colheres de sopa por dia."
Azeite na panela. Pode?
Há quem diga que ele não deve ser aquecido. "O ideal é acrescentar no final das preparações", defende a engenheira de alimentos Jane Snow, do Instituto de Tecnologia de Alimentos, em Campinas, interior paulista. "Submetido a altas temperaturas, o azeite perde suas propriedades", explica.
Frituras, nem pensar. Um pouco menos radical, o químico Jorge Mancini, da USP, diz que até dá para usar em cozimentos. "Mas deve ser em fogo brando e por pouco tempo", ressalva. "Alguns compostos fenólicos poderão se perder, mas não é tudo que vai embora", assegura. Será que vale a pena arriscar? Saída da SAÚDE!: usar no preparo e acrescentar uma pitada no toque final.
Mais puro"O extravirgem é obtido por meio de pressão física", ensina Luciane Faine, da Unesp. Diferentemente dos outros, ele resulta da primeira prensagem de olivas selecionadas. Não passa, portanto, por nenhum processo de refino. Também por isso conserva melhor o aroma e o sabor peculiares. E não pense que tem que ser esverdeado para ser puro. "Há extravirgens bem dourados", conta Marcus Bueno, da loja paulistana Oliviers & Co, um expert. Outra característica do mais nobre dos azeites é a acidez. Para ser extra ela não deve ultrapassar o grau 1. Muitos produtos trazem essa informação no rótulo. Outro dado que você deve considerar é a data de fabricação. "Quanto mais novo, melhor", afirma Bueno. Depois de aberto, o prazo de consumo é de até 6 meses. "Conserve longe da luz e bem fechado." De preferência na porta da geladeira, se a embalagem for de vidro.

Índice glicêmico menos é mais - de Olho na Tabela

Mais que 70: Alimentos de IG alto são os que ultrapassam esse valor. Eles não precisam ser varridos do cardápio, mas vale certa parcimônia no consumo
Batata129
Pão francês100
Polenta99
Purê de batata91
Arroz polido87
Arroz integral79
Biscoito de água e sal78
Biscoito wafer de baunilha77
Flocos de milho77
Waffles76
Batata frita75
Menor que 55: Abaixo dessa medida, os alimentos são considerados de baixo IG. Incluir ao menos uma porção deles em cada refeição é a dica para aumentar a saciedade
Soja20
Cereja22
Espaguete integral37
Maçã38
Ameixa39
Feijão-fradinho40
Feijão-carioca41
Aveia42
Lentilha42
Batata-doce44
Grão-de-bico45





Índice alto
Os alimentos desse grupo, como o pão de forma comum e o arroz branco, fazem o açúcar entrar depressa no corpo. Só que ele também sai rapidinho. O pâncreas, então, é obrigado a produzir muita insulina de uma só vez. Em excesso, o hormônio diminui o nível de glicose. Daí a fome aparece antes da hora.
índice baixo
O pão de centeio e o feijão estão nesse grupo. Ricos em fibras, retardam a absorção de açúcar e provocam uma resposta glicêmica gradual. Dessa forma, garantem mais saciedade e ajudam a manter a silhueta.
Quer baixar o ig de sua dieta?
É só adotar alguns truques espertos que ensinamos aqui
Prefira alimentos ricos em fibras solúveis. "Além de permanecerem mais tempo no intestino delgado, o que torna a digestão mais demorada, eles dificultam a absorção de carboidratos", diz a professora Elizabete Wenzel. Aveia, feijão e lentilha são suas melhores fontes.
Segredinho da nutricionista australiana Jennie Brand-Miller: inclua limão ou vinagre no preparo das receitas. "A acidez interfere no esvaziamento do estômago e torna a digestão mais lenta", disse à SAÚDE! Vinte mililitros de vinagre equivalem a 1 colher e meia de sopa e reduzem em até 30% os níveis de glicose.
Nos intervalos das principais refeições, coma uma fruta junto de uma fonte de proteína, como o iogurte. "A banana, por exemplo, tem índice glicêmico médio, que você contrabalança com o alimento protéico", ensina a nutricionista Mariana Del Bosco, da Abeso.


Reflexão

                              Eu sei que diante das tempestades é quase impossível acreditar e enxergar a luz do fim do túnel. Eu sei que...